O gosto amargo de gostar sem poder.

E quando começo a perceber tudo o que aconteceu, embaraços e cafés amargos, percebo que é preciso afogarmos muitas vezes para aprender a nadar.
E quando aprendermos é preciso estarmos preparados para evoluir. É ai que percebo, já estou nadando, embora o medo de perder o equilíbrio, torna o desejo pouco e a razão maior. E foi nesse meio tempo de nadar e estar nadando que as mudanças foram sopradas.
Lembro-me do seu desejo de explicar o porquê de estar indo embora, explicava, deixava as lagrimas escorrer, e mesmo assim, as limpava com o ar mais duro que qualquer outra pessoa. Fizemos tudo o que podíamos, criamos todas as possibilidades, e mesmo assim, as luvas de inverno, se tornaram pequenas e foi preciso guardá-las novamente, embora soubesse que poderia usá-las em um novo começo.
Tentava acalma-lo, deixava transbordar o meu sorriso discreto de que amanhã seria um novo dia, e que tudo isso não passou de um momento de fraquezas que desejava que fossemos nos mesmos. Caminhávamos, lado a lado, o céu não ajudava, estava escuro, e a chuva armava a cair, foi quando ele sorriu, e deixou todos os sentimentos serem soprados.
Gostávamos do gosto de passarmos por perigos longos, embora nunca sabíamos se tínhamos forças para enfrentar tudo o que viria depois.
Gostávamos do gosto das tempestades e de estarmos mais fortes depois delas, embora nunca sabíamos se a força nos manteria juntos novamente.
Gostávamos do gosto amargo de sorrisos e lagrimas, embora nunca sabíamos se era verdadeiro.
Gostávamos de sentir saudade embora nunca sabíamos se era suprida quanto nos encontrávamos.

E em todas essas tempestades, saudades, sentimentos, lagrimas, conseguimos estarmos juntos e fortes, mais não mantemos o equilíbrio de enfrentar o que não queríamos. Caímos, e agora estamos aprendendo a nadar novamente, embora temos á certeza de que aprender a nadar não é nem mesmo um pouco do sentimento que nos faz perder o equilíbrio.
Recomeçamos novamente, suportando o amargo que a vida sopra sobre nossa direção