sexta-feira, 22 de abril de 2011

Enfim.

Folhas , estações, verões .
Você, agente, amor decente.
Lembrar, continuar, caminhar.
Orgulho, entulho, barulho .
Lembrar , sentir, estar .


Queriamos tanto, fizemos pouco .
Era quase assim, tardes com nossos cigarros de frente ao mar, imaginando como seria quando tudo aquilo acabasse, como seria o último abraço, o último sorriso, a chegada do que não poderia ser, a partida do que estava sendo . Eu, você, nossas bebidas, nossas reliquias, nossos cigarros, nossos problemas, nosso mais ou menos amor inteiro.
Podiamos tanto e fizemos pouco, passamos dos limites, e fizemos dessa ironia nosso limite.
Era mais ou menos o que poderiamos esperar um do outro, era mais ou menos o que esperávamos que fosse . Era assim , de um lado a necessidade, a vontade, o toque, do outro as razões, desamores, horrores . Passou, ficou, deixou.


Inverno , inferno , interno .
Nós, eu, amor indecente.
Esquecer, ser, permanecer.
Orgulho, silêncio, vestígio.



Passou e deixou de ser aquilo que queriamos que fosse. Sobraram-se restos de meus meros cigarros apagados, e minhas bebidas que me causam ânsia de vomito, essa ânsia maldida que destroi e corroi. Mais ou menos assim, ali, aqui, enfim.

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