segunda-feira, 16 de maio de 2011

(Ur)bano.

Um sorriso no olhar, um aperto de mão meia boca, duas ou três palavras pra preencher os olhares, possuindo apenas cinco ou nove amigos, saindo sempre para os mesmos lugares, correndo de festas e sociedades, era exatamente assim que se definia, incerto, certo.. Me diz por quê ? Eu quero chegar mais perto , quero fazer parte, quero ousar, quero ser ousada também. Quero que me note, que perceba o quanto insisto em ligar na madrugada dizendo as minhas farpas e mostrando os meus acertos, quero que perceba o quanto as coincidências nessas nossas caminhadas são propósitais. Pararei até de fumar se fosse preciso, largaria essa mania bipolar de desejar mais do que posso, prometeria levar sempre um amontoado de palavras bonitas, decoradas, ou não. Prometeria que nos dariamos bem, mesmo que fosse preciso fingir, e sei fingir tão bem. Prometeria uma visita uma vez ou outra, um sorriso na madrugada, um abraço apertado quanto fosse preciso. Prometeria tanta coisa , faria tanta coisa, seriamos tanta coisa e ao mesmo tempo tão longe estariamos do frio. Não quero ser um bandaid e cobrir suas feridas passageiras, quero ser um romance eterno, bonito, sincero, mesmo que seja preciso dar adeus todos dias , semanas, mêses, e voltar sempre com a mesma cara lavada de quando partir. Será isso amor ? Ou apenas um romance mais ou menos urbano ?


Amar é urbano, tão mais ou menos, humano (des)-humano.

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