quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A dor do amor.


Eu sempre quis entender, o porque de algo que transcente a minha natureza humana, causando uma velocidade de aprofundamente interno, pode me fazer tão mal.
Lembro-me como se fosse agora, a primeira chegada e a única partida, você costumava olhar em meus olhos, tocar a minha face e me pedir com todo seu jeito machista " Tenha paciência querida.. paciência... paciência... consciência... "
Aquelas palavras possuiram um efeito tão grande na minha alma, embora o seu significado fosse claro, ela se tornou complexa, diante tanto amor, diante tanta necessidade.

Talvez fosse a minha urgência, ou a minha ausência de paciência.
Eu queria viver o agora, e o agora era a vida presente.
Em traços de segundos, você virou suas costas, juntou suas lembranças, e partiu.
Então, assim, meio sem jeito, meia boca, eu comecei a sentir a dor do amor.

A dor do amor, o vazio agudo, a necessidade perdida, aquilo de que o tanto faz é o suficiente.
Uma dor que me fez chorar todas as noites que sua lembrança era o único pensamento consciênte.
Uma dor que a cada caricia sem afeto, me fazia lembrar do nosso afeto que causava caricia.
Uma dor que a cada vez que a palavra amor era dita na minha alma, dilacerava todas as possibilidades que poderia ter de ser feliz.. mesmo sem você.
Uma dor que consumiu todas as minhas palavras bonitas, meus versinhos vulgares.
Uma dor que trazia lembrança, e fotografias de uma mente cansada, atordoada, com saudades.
Uma dor que me fez entender que as coisas precisam ser feitas hoje, agora, que não importa quais sejam as necessidades, quais sejam as possibilidades, as vontades de hoje devem ser supridas hoje.

Eu não te amei o suficiente.
Eu não te abracei o suficiente.
Eu não te beijei o suficiente.
Eu não te toquei o suficiente.
Eu não te disse "eu te amo" o suficiente.
Eu não te disse todas as minhas entranhas estranhas.
Eu não te contei todos os meus medos
Eu não te contei todas as minhas farpas.


Em em toda sua ausência eu apenas carrego comigo todo esse amor que não passa, toda essa dor que não termina.

Talvez outrora nos esbarramos pelo tempo, assim sem pressa, sem urgência.

" Querido tenha paciência... paciência... paciência.. consciência... a vida é agora e eu te amo hoje"

9 comentários:

  1. O amor não dói, apenas sente em todos seus extremos, bons e ruins. Não há nada que não fazemos, nme insuficiente quando amamos. O amor jé é todo.

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  2. O amor é complicado. Porque o mesmo amor que me conforto, me ergueu, me evoluiu. Hoje me cala, me afasta, me odeia. Mas, é e sempre será amor.

    "Sei que, às vezes, uso
    Palavras repetidas,
    Mas quais são as palavras
    Que nunca são ditas?"

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  3. "Quantas chances desperdicei,
    Quando o que eu mais queria
    Era provar pra todo o mundo
    Que eu não precisava
    Provar nada pra ninguém."

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  4. O amor não é complicado! As complicações são surgidas através das nossas formas de amar, as nossas necessidades de dar e receber ao mesmo tempo. Argh! Como isso contradiz a realidade pura da nossa existência. O amor está vivo em nós, na nossa alma e não precisa de reciprocidade para ser despertado, precisa apenas de maturidade o suficiente para suporta-lo e transborda-lo. Eu definiria amor como uma característica independente do ser. Aquela relação que começa com a estabilidade entre eu-com-eu e depois vivida externamente. A relação que temos com aquilo que nos é independente ao mesmo tempo que é inteirado com nossa alma.

    Não deixe que o mesmo amor que te trouxe paz, te machuque. Deixe que a leveza das coisas naturais ao seu redor, transforme toda a sua capacidade interna. Olhe pra dentro, você consegue.

    Não guardar magoas/rancores/medos é uma grande evolução ser. Se colocar no lugar do outro e tentar de tal forma compreender sua realidade. Tente !


    Existem amores que nunca passam, outros que nunca existiram.


    Ps: Boas energias, harmonias e vibrações.

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  5. Mesmo que seja a complicações sejam pela formas de amar. É uma complicação. Mas essa é grande diferença de gostar de alguém e amar alguém. Quando gostamos sabemos o limite, entendemos quando a um ponto final. Mas quando amamos, nunca se encontra o limite e jamais haverá um final.

    O amor pode ser considerada uma criança pequena na qual não consegui usar palavras racionais pra dizer. Sorri para mostrar sua felicidade e chora para mostrar sua tristeza, Mas seja qual for sua reação, ela sempre chama sua atenção.

    Mas concordo que o amor não precisa de reciprocidade, pra que eles existem sempre iram existir. As vezes de longe, apenas observando. Amando por saber que ama.

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  6. Poderia reformular sua ideia, por favor ? Obrigado !
    Boas energias, vibrações e harmonia.

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  7. Em resumo... amar não é uma escolha é uma condição imposta. Quem ama, ama, e nunca deixa de amar. Não importa se no calor dos braços ou observando a pessoa ao longe.

    "É tão complicado quanto é bom,
    é tão cruel quanto é simples."

    saudades.

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  8. Exatamente ! Amar não é uma escolha, é uma condição natural do ser. As coisas, as movimentações são responsáveis por acordar os sentimentos, dar mobilidade a eles. Quem ama, nunca deixa de amar. Apenas manifesta esse amor de outras formas. Sejam elas, em coisas, filosofias, pessoas, vivências. O amor é algo marcante, mas não é determinante.

    Não precisa estar perto, ou tendo um contato estável para amar, mas é necessário que haja formas que desencadeiam esses sentimentos. A saudade é uma delas. Irrevogável.

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  9. "Temos que consertar o despertador
    E separar todas as ferramentas
    Que a mudança grande chegou."

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